sexta-feira, 17 de maio de 2013

Estrada Real. Caminho original de Paraty a Ouro Preto.

Em 2009 fiz minha maior viagem de moto, loucura total, seja pela distância, pelo volume da carga ou por estar sozinho no meio do nada.
Foram aproximadamente 3 Mil km entre ida e volta, peguei muita chuva, cai da moto cinco vezes, a primeira fiquei preso debaixo da moto sem nada nem ninguém por perto (tive que riscar o tanque de gasolina para me salvar), tombos bobos, capacete quebrado e até uma cena inusitada depois de um tombo chegar a um hotel sujo de bosta de vaca.
Só para chegar em Paraty litoral sul do RJ foram uns 700 km rodados num único dia com uma NXR Bros 150 cc.
Eu só tinha um objetivo, subir a Estrada Real pelo caminho original e não pelas estradas que usam a fama da Real para explorar o turismo. Como guia eu tinha um livro que detalhava o caminho, um livro completo que ajudou muito, além disso existem uns totens espalhados pelo caminho, orientado os viajantes com informações diversas, inclusive com coordenadas para GPS.
Livro guia encontrado em qualquer livraria.
 
Por falar em GPS eu usei um sim, um veicular adaptado na moto, sem ser a prova d'água e sem ter carregador 12V instalado, resultado, fique no escuro, seja pela chuva que não parou ou por falta de bateria.
Uma história eu não poderia deixar de contar, em São João Del Rei, cheguei num hotelzinho e perguntei quanto era o quarto: "dez reais moço e o banheiro fica no final do corredor" mas e quanto custa o quarto com banheiro? perguntei "com banheiro é mais caro, éééééé 15 reais" Aceito "Você vai querer o quarto com banheiro?" perguntou admirado o atendente.
O restante do relato é contado pelas fotos, inclusive com direito a hospedagem na casa de um casal de São Paulo que voltava da Bahia em uma Sahara. De umas 800 fotos foi difícil escolher as fotos a seguir. Bom passeio por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Tem um vídeo também, mostra bem pelo que passei.


Pronto para sair, o que virá pela frente?

Estrada Rio - Santos, a caminho de Paraty

Pelo caminho.

Quem diria, uma 150 cc rodando longe.

Paraty

Ruas do centro de Paraty


Totem do marco zero da Estrada Real 

Já no primeiro dia tive que fazer um desvio, o caminho entre Paraty e Cunha estava interditado devidos as chuvas

No caminho original, os totens guiam o caminho.

No meio do caminho tinha uma pedra.

Quase todo o tempo assim, sozinho no meio do nada.

Notem no quadro o suporte do GPS, na chuva apenas a sorte para achar o caminho.

Em Guaratinguetá casa do Frei Galvão, uma ajuda não vai mal a ninguém.

Estação ferroviária de Guaratinguetá.

Uma das paradas.

Dia a dia os meus pés foram sentindo o drama.

Eita mundão das porteiras quebradas.

Pelo menos estou no caminho certo.

Essas placas são da região da Estrada Real para explorar o potencial turístico do caminho original.

Mais uma das várias pontes derrubadas pelas chuvas na época da viagem.

Depois que eu percebi que a ponte estava podre.

Cansado, mas feliz.

Não arrisquei a passar por aqui sozinho, vejam o vídeo no final da postagem.


Entrando em Minas Gerais.


Estação ferroviária de Passa Quatro. E tome Chuuuuuuuva

Pelos becos da Estrada Real

Achei um parceiro.

Mirante de Caxambru

Dificuldades do caminho.

Caminho fechado e difícil, moto não queria parar em pé.

Mãe natureza perfeita como sempre.

Pelo caminho.

Detalhe dos totens, com informações de onde você veio, para onde deve ir, história do local e coordenadas de GPS com altitude.

Diga se não vale a pena.

As vezes parar um pouco fazia bem.


Esperando pela travessia de balsa.

Capela do Saco.

A balsa cabia um carro de cada vez, e era demorada pra burro.

Ponte ferroviária.

Aproveitando a mostra de cinema de Tiradentes.

Uma das várias igrejas da cidade.

Maria Fumaça pronta para o passeio entre São João Del Rey e Mariana

Em São João Del Rey...

...há uma rotunda que guarda uma belíssima coleção de locomotivas.

Vagão que transportou a famílias real.

Marco símbolo da Estrada Real.

Olha a cara de alegria do rapaz.

Além das dificuldades, o calor castigou um pouco.

Inusitado museu do automóvel no meio da Estrada Real.

Algumas vezes era preciso pegar a Região da Estrada Real poi o original ou eu não achava ou estava intransitável.

Um pouco de sorte não faz mal a ninguém. Nenhum pneu furado, nem mesmo esse.

Em Congonhas, obras de Aleijadinho.

Detalhe das obras.


Mais uma obra de realismo único.

Calor, calor, calor.

Chegando em Ouro Preto, início do fim.

Centro de Ouro Preto.

Mercado das pedras.


Uma das várias igrejas da cidade.

Maquete de locomotiva em madeira, perfeita.


Maquete ferroviária, perfeição e cada detalhe.

Estação ferroviária de Ouro Preto.

Mina da passagem entre ouro Preto e Mariana.

A origem das duas igrejas juntas é disputa familiar, mais detalhes só pagando para o guia abrir o bico.

Mapa da Estada Real pendurado na casa da moeda.

Vamos bater um papo enquanto.... detalhe o "serviço" caia no subsolo onde os escravos eram alojados.

Se ainda restava dúvida, sim eu estive lá.

Volta pra casa, asfalto liso para encurtar a saudades.


Rico e sua esposa me acolheram em sua casa, motociclismo tem disso.
Veja aqui a postagem do vídeo da viagem.

Sinto saudades dessa viagem e garanto que irei voltar, não sei se fazer a trilha, mas a região toda sim, o lugar é fantástico com uma riqueza história sem igual.

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