Das dez vezes que correu no Principado, o brasileiro ganhou seis e se tornou assim o maior vencedor do GP
Na década de 1960, o piloto Graham Hill, pai de Damon Hill, recebeu o título de “Rei de Mônaco” depois de vencer cinco vezes o Grande Prêmio local. A alcunha ficou com ele até 1993, quando Ayrton Senna venceu pela sexta vez no principado e passou a ser o piloto mais dominante do circuito em Monte Carlo.
Aquele ano marcou a última prova do tricampeão do mundo em seu circuito favorito. Das 10 vezes em que Senna esteve na pista de Mônaco, o brasileiro ganhou seis e subiu ao pódio em outras duas ocasiões. E foi exatamente em uma das corridas em que não venceu que o tricampeão fez sua apresentação mais marcante no circuito.
Em 1984, ano de sua estreia na Fórmula 1 , Senna, com uma Toleman, largou na 13ª posição e terminou em segundo. O piloto só não venceu por conta de uma decisão polêmica dos fiscais da prova.
Confira esse e outros momentos marcantes de Ayrton Senna no Grande Prêmio de Mônaco:
1) Estreia em grande estilo
O ano de 1984 marcou a temporada de estreia de Ayrton Senna na Fórmula 1. No Grande Prêmio de Mônaco daquele ano, seu primeiro em circuito de rua na categoria, o brasileiro tinha tudo para ser apenas um coadjuvante. Seu carro era um pouco competitivo Toleman e, após o 13º lugar no classificatório, nada levava a crer que Senna colocaria a prova daquele ano na história.
O ano de 1984 marcou a temporada de estreia de Ayrton Senna na Fórmula 1. No Grande Prêmio de Mônaco daquele ano, seu primeiro em circuito de rua na categoria, o brasileiro tinha tudo para ser apenas um coadjuvante. Seu carro era um pouco competitivo Toleman e, após o 13º lugar no classificatório, nada levava a crer que Senna colocaria a prova daquele ano na história.
No domingo da corrida, porém, a sorte do piloto começou a mudar quando uma forte chuva castigou a pista. Em ritmo impressionante desde o início, Senna foi deixando para trás carros mais rápidos, como Ferraris, Williams e Renaults. Com 30 voltas para o fim, apenas a McLaren de Alain Prost estava à frente do brasileiro. De olho na reação do rival, o francês começou a acenar para os fiscais, pedindo para que a prova fosse interrompida. Senna chegou a passar Prost na volta 32, mesmo giro em que bandeiras vermelhas foram vistas no traçado. Por isso, valeu o resultado da última volta completa – a 31ª. Vitória polêmica de Prost, show de Senna e início de uma rivalidade histórica.
Tapetão roubou de Senna sua primeira vitória em Mõnaco. |
2) Início do reinado e champanhe na família real
Foi em 1987 – sua quarta participação no Grande Prêmio de Mônaco – que Senna conseguiu sua primeira vitória. Em uma atuação irretocável, o brasileiro, que largou em segundo, venceu a prova com 33s de vantagem sobre o compatriota Nelson Piquet, campeão daquele ano. Porém, mais do que o resultado, o que marcou foi a comemoração do piloto no pódio, que naquele campeonato corria pela Lotus. Ao invés de banhar os companheiros, Senna jogou champanhe na família real. O brasileiro começava a mostrar para o mundo quem era o verdadeiro Rei de Mônaco.
Foi em 1987 – sua quarta participação no Grande Prêmio de Mônaco – que Senna conseguiu sua primeira vitória. Em uma atuação irretocável, o brasileiro, que largou em segundo, venceu a prova com 33s de vantagem sobre o compatriota Nelson Piquet, campeão daquele ano. Porém, mais do que o resultado, o que marcou foi a comemoração do piloto no pódio, que naquele campeonato corria pela Lotus. Ao invés de banhar os companheiros, Senna jogou champanhe na família real. O brasileiro começava a mostrar para o mundo quem era o verdadeiro Rei de Mônaco.
3) A pé para casa
Todas as vitórias de Senna em Mônaco foram conquistadas entre 1987 e 1993. Porém, um erro raro na trajetória do brasileiro nesta pista o impediu de conquistar uma série de sete vitórias consecutivas no principado. Em 1988, o piloto da McLaren, que havia largado na pole com um tempo quase 1s5 mais rápido do que o de Alain Prost, segundo colocado, disparou na frente. Não viu seus rivais no retrovisor em nenhum momento da prova. Faltando pouco mais de 20 voltas para o fim da corrida, Senna liderava com vantagem, apesar da aproximação de Prost. Começou a forçar o ritmo, e, após estabelecer a volta mais rápida da corrida no 59º giro, perdeu o controle do bólido na volta seguinte e bateu na curva 8. O acidente deixou Senna tão bravo que ele deixou o circuito e foi a pé pra casa – ele morava em Mônaco. Diz a história que a raiva foi tanta que ele só deu notícias à McLaren no dia seguinte.
4) Na raça e no braço
De todas as vitórias que Senna conquistou em Mônaco, a de 1992 talvez tenha sido a mais difícil. Nigel Mansell, então na Williams, chegou ao principado com cinco vitórias nas cinco primeiras corridas da temporada. O título já estava encaminhado. Porém, quando caminhava para seu sexto triunfo, o britânico teve de trocar um pneu e voltou para a pista justamente atrás de Ayrton Senna. Com um carro muito mais veloz do que o do brasileiro, Mansell tirava cerca de 2s de diferença por volta e encostou no adversário faltando dois giros para o fim. Foi aí que entraram em jogo a garra e a habilidade de Senna, que, com um carro claramente inferior ao do rival, conseguiu se defender do ataque, segurar a ponta e garantir a quinta de suas seis vitórias em Mônaco.
De todas as vitórias que Senna conquistou em Mônaco, a de 1992 talvez tenha sido a mais difícil. Nigel Mansell, então na Williams, chegou ao principado com cinco vitórias nas cinco primeiras corridas da temporada. O título já estava encaminhado. Porém, quando caminhava para seu sexto triunfo, o britânico teve de trocar um pneu e voltou para a pista justamente atrás de Ayrton Senna. Com um carro muito mais veloz do que o do brasileiro, Mansell tirava cerca de 2s de diferença por volta e encostou no adversário faltando dois giros para o fim. Foi aí que entraram em jogo a garra e a habilidade de Senna, que, com um carro claramente inferior ao do rival, conseguiu se defender do ataque, segurar a ponta e garantir a quinta de suas seis vitórias em Mônaco.
5) O adeus
O Grande Prêmio de Mônaco de 1994 foi a primeira corrida disputada depois da etapa de San Marino, na qual Senna sofreu seu acidente fatal. No fatídico fim de semana, o austríaco Roland Ratzenberger também morreu – durante o treino de sábado. Por isso, a semana no principado foi tomado por homenagens póstumas. Em uma delas, a FIA decidiu deixar a primeira fila vazia na largada, e, no lugar dos carros, foram pintadas bandeiras do Brasil e da Áustria. Mônaco dava o último adeus a seu rei, que até hoje não perdeu a coroa.
Pois é domingo tem corrida em Mônaco novamente, mas sem o brilho dos tempos de Senna em que era o braço que ganhava uma corrida e não a eletrônica.
Fonte: IG Automobilismo com adaptações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário